Se você parar para pensar em quantas decisões você tomou hoje, verá que foram muitas, sendo, em sua maioria, decisões simples. Mas quando você diminui o zoom e pensa nas decisões que você tomou nos últimos 10 anos, verá que a quantidade é enorme, desde as mais simples até as mais complexas. Mas será que todas elas foram decisões eficientes? Se você não tem hábito de refletir sobre suas decisões, provavelmente a resposta seja ‘não!’.
As DECISÕES EFICIENTES não são aquelas em que acertamos ou que obtivemos bons resultados, mas sim aquelas em que seguimos um processo claro para se chegar a determinado resultado. É justamente este processo que as pessoas negligenciam ao fazer escolhas, desde as mais simples até as mais complexas. E, por isso, acabam inclusive levando negócios sólidos à ruína.
O processo decisório em sete passos, quando bem feito, nos permite tomar decisões deliberadas, bem pensadas e com resultados ótimos, mesmo quando estamos em situações delicadas, com inúmeras variáveis e que exigem que tenhamos a cabeça no lugar. Para isso, nosso foco deve ser identificar a decisão, reunir informações relevantes e avaliar as alternativas que temos à nossa disposição.
Todas as sete etapas são fundamentais e nenhuma deve ser pulada caso queira otimizar suas decisões. No entanto, a primeira – identificar a decisão – é a mais crucial de todas. É nesta fase em que nós cercamos a situação-problema, identificando-a em linhas gerais a partir de perguntas simples tais como: O que a situação demanda? Onde eu quero chegar? Qual é o impacto desta decisão na minha vida? Com estas perguntas respondidas, você saberá a dimensão e o grau de importância dessa decisão no seu ambiente profissional e pessoal.
O segundo passo e o mais rico em termos de detalhes é aquele em que reunimos informações diversas que sustentarão as etapas posteriores. Nesta etapa, as informações levantadas podem ser divididas entre aquelas que são cruciais e aquelas que são supérfluas. Em termos de decisões cruciais, devemos estabelecer quais são as pessoas envolvidas, afetadas e interessadas pela decisão, quais são os recursos em jogo, quais são os prazos e como cada um destes elementos acaba por limitar as minhas possibilidades. Adicional a estas informações, podemos pensar também em termos de vontade, interesses, necessidades, desejos e objetivos relacionados com a decisão em pauta.
Após coletar ao menos as informações cruciais relacionadas com os stakeholders, recursos e prazos, é o momento de identificar alternativas. A partir das informações cruciais, podemos elaborar alternativas viáveis, que se encaixam no escopo da decisão, atendem aos prazos estipulados, não extrapolam os recursos disponíveis e não gera conflitos entre os stakeholders. Nesta fase, você pode elaborar a maior quantidade de alternativas utilizando ferramentas simples de brainstorming e filtrando de acordo com as informações que você possui.
Com uma lista de alternativas elaboradas, é o momento de você pesar quais são mais viáveis. Para isso, é recomendável dividirmos as alternativas em pessimistas, realistas e otimistas. Em seguida, coloque cada alternativa em xeque, o que significa bombardear cada uma ressaltando seus pontos negativos e consequências prejudiciais. Feito isso, faça uma limpeza naquelas alternativas que não se sustentaram após este bombardeio.
Agora você tem uma lista mais enxuta de alternativas! Então é hora de escolher aquela que cabe melhor de acordo com a situação. Caso você se depare com uma situação em que há 3 alternativas e que “tanto faz” qual for a selecionada, faça um segundo filtro pensando em aspectos emocionais e psicológicos, tais como os pontos já mencionados anteriormente: vontade, interesses, necessidades, desejos e objetivos pessoais.
Feito isso, é hora de colocar sua decisão em ação. Implemente esta decisão de acordo com as limitações impostas que foram identificadas na etapa de levantamento de informações. Após a sua implementação, avalie quais foram os impactos positivos e negativos da decisão tomada.
Lembre-se de dois pontos fundamentais. O primeiro ponto é sempre ter em mente que este é um processo cíclico e iterativo. Caso sua decisão não esteja de acordo com as expectativas, retome o processo do começo tentando identificar pontos de melhoria deste processo. O segundo ponto, e talvez onde a maioria das pessoas erra, é o fato de nos apegarmos a determinada alternativa. Busque pensar racionalmente e sempre colocar cada alternativa em xeque. Somente assim você terá decisões eficientes e livres de vieses.