"Ser uma pessoa é ter uma história para contar." - Isak Dinesen

Jessica Takano
10/02/2021

A comunicação assertiva, clara, direta e eficiente é uma ferramenta essencial para os negócios, para o trabalho e também para a vida pessoal. Em todas as nossas relações devemos saber nos comunicar, nos fazer entender e entender os outros também. Saber interpretar, compreender e ser compreendido faz muita diferença nos nossos resultados e no nosso dia a dia.

Nessa área podemos então destacar o conceito de storytelling, que consiste em transmitir conteúdos por meio de narrativas (histórias) envolventes, com o uso de palavras e outros recursos diferenciados, como os audiovisuais. Essa estratégia tem o objetivo de deixar a comunicação mais dinâmica, mais atraente e mais compreensível.

Esse conceito é bastante utilizado e aproveitado em promoções de negócios, vendas de produtos e serviços, consultorias e na educação, por exemplo. Porque é uma forma de convencer o outro, de persuadir, de explicar, de ensinar, de informar e de capacitar com recursos mais interessantes e que chamam mais a atenção.

Se pensarmos bem, a maioria das pessoas gostam de boas histórias. Durante toda a nossa vida, acumulamos inúmeras experiências para contar e compartilhar e esse tipo de socialização faz parte da nossa cultura, da nossa convivência e do nosso cotidiano. Ou seja, se comunicar por meio de histórias é uma coisa natural e espontânea, que as pessoas estão acostumadas a praticar.

Quando utilizamos o storytelling então, devemos pensar em qual público queremos atingir. É possível observar bastante o uso dessa técnica na tv, nas mídias sociais, no marketing e na publicidade de empresas, por exemplo. Idosos, mulheres, solteiros, executivos, estudantes, aposentados... São vários os perfis que diferentes empresas pretendem alcançar e para isso devem fazer o uso de uma comunicação mais adequada e mais direcionada.

Para compreender melhor o termo storytelling, podemos dividir a palavra no seu significado literal e assim entender a essência do seu conceito.

- Story: a história, por exemplo um produto específico, que pode ser um apartamento.

- Telling: as formas e os conteúdos que vamos tratar sobre esse apartamento, que devem ser direcionados para o objetivo da história, que pode ser a venda do apartamento.

O storytelling é composto por uma estrutura de três pilares:

  1. Técnicas narrativas: os caminhos, as maneiras de passar um conteúdo;
  2. Conteúdo narrativo: exatamente o que vai ser exposto;
  3. Fluidez: a narrativa deve ser consistente, contínua, sem interrupções, construindo experiências e momentos que aproximarão os ouvintes da história.

Se associarmos o storytelling com histórias infantis, podemos ver vários exemplos interessantes, que relacionam informações lúdicas com ensinamentos:

- Chapeuzinho Vermelho (ensinar as crianças a tomar cuidado com estranhos);

- Pinóquio (ensinar as crianças a falar a verdade);

- Sherazade e as mil e uma noites (como conquistar as coisas por meio de estratégias);

- A Bela e a Fera (evitar julgamentos pela aparência).

Ou seja, a criatividade e os recursos das narrativas são muito enriquecedores nesse meio.

Podemos considerar também diversos tipos de conteúdo que queremos tratar e isso vai influenciar em como abordaremos esses conteúdos e em quais decisões iremos tomar em relação à nossa comunicação. Vamos analisar alguns deles:

  1. Conteúdo informativo: Passar algum conhecimento, algo que o público-alvo queira ou precise saber. Exemplos são dicas, recomendações de uso, funções... Podem ser ensinados por meio de vídeos curtos;
  2. Conteúdo de serviço: Aqui deve-se simplificar a vida dos clientes, resolvendo alguma situação ou economizando tempo e recursos, por exemplo. Pode ser por meio de uma receita culinária ou de uma explicação de como consertar uma peça da geladeira;
  3. Conteúdo de comunicação: Nesse tipo de conteúdo deve-se desenvolver uma aproximação maior com o cliente, de forma que sejam geradas comunicações espontâneas e sentimentos de pertença. Pode-se parabenizar um cliente no aniversário, fazer uma homenagem no Dia dos Pais ou então simplesmente investir em uma boa comunicação diária, com um bom atendimento;
  4. Conteúdo de entretenimento: conteúdos com algum significado pessoal, que faça o público associar a momentos e experiências marcantes, como viagens com a família ou amigos, conquistas pessoais e atividades de lazer.

 

Observaram em quantos detalhes o storytelling pode se desenvolver? Realmente é uma ferramenta muito útil e eficiente. Mas sempre se deve tomar cuidado para que os conteúdos não sejam forçados, exagerados ou invasivos. Deve-se investir em uma comunicação natural, agradável e apropriada. E então, que tal começar a fazer uso desse método tão interessante e eficaz?

 

 


Jessica Takano. Administradora e docente de Administração com experiência no ensino presencial e à distância. Principais áreas de atuação: Fundamentos e Teorias da Administração, Gestão de Pessoas, Marketing, Gestão Ambiental, Empreendedorismo e Planejamento Estratégico. 

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