Durante a nossa vida sempre tomamos decisões. Decidimos coisas simples como o que cozinhar, que roupa comprar ou que sabor de sorvete escolher, e decidimos coisas mais complexas, como abrir ou não uma empresa, ir viajar ao exterior, mudar de cidade ou comprar um carro. Tomar decisões nem sempre é fácil porque sofremos a influência de múltiplas variáveis e provocamos inúmeras consequências.
A tomada de decisões está sempre contextualizada por cenários, que podem ser classificados de diversas formas. Podemos considerar cenários climáticos, como frio, calor, chuva, sol, vento... cenários políticos, como perspectivas de esquerda, direita, centro... cenários econômicos, como liberalismo, keynesianismo (maior influência do Estado), capitalismo, socialismo... e cenários financeiros, como análises pessimistas, realistas ou otimistas. Esses são alguns dos exemplos de possíveis cenários em diferentes áreas, poderíamos listar aqui e analisar uma variedade de outros.
Assim, é importante considerar que os cenários se modificam constantemente e que a realidade de hoje pode se transformar completamente no futuro. Por isso que geralmente é tão difícil tomar decisões, porque lidamos com a incerteza, com as mudanças repentinas e com as dúvidas. Corremos riscos constantes, além de que ao decidir, acabamos abrindo mão de outras coisas. Dificilmente sabemos o que vai ser melhor de fato.
Por isso o planejamento é tão fundamental e anda junto com a tomada de decisão. Ao lidar com o incerto, precisamos entender melhor as situações e os cenários e planejar para que as chances de sucesso aumentem. Nunca teremos a garantia de que realmente dará certo, mas teremos um norte e um caminho a seguir, estando um pouco mais preparados para os imprevistos e as circunstâncias.
Outras questões importantes nesse contexto são a competição e a colaboração. Em cenários de competição, geralmente há mais incerteza, disputa e dificuldade. Já em cenários de colaboração, geralmente há mais informações, compartilhamento de recursos, ideias e conquistas mútuas. Isso pode facilitar muito as decisões, tornando-as um processo mais leve, conjunto e flexível.
Paralelo a isso, temos os cenários de concorrência e parceria também. Claro que a concorrência é um fator muito importante para a economia, para as empresas e para os clientes, mas muitas vezes pode causar vários problemas, como a falência de uma das partes, conflitos, trapaças, boicotes... O desenvolvimento de parcerias na maioria das vezes tem muito a contribuir, pode facilitar bastante as coisas e trazer benefícios para ambas as partes.
Considerando as parcerias, podemos destacar o trabalho em rede (ligação entre diversas áreas, organizações, grupos ou pessoas, que conjuntamente, promovem suas ações). Essa forma de trabalho traz muitos impactos positivos, como: soma de conhecimentos, habilidades, competências, maior disponibilidade e acesso a recursos, novos contatos, maior articulação, atividades sistêmicas e holísticas, maior abrangência, cooperação e desenvolvimento técnico de diferentes áreas.
Nessa perspectiva observamos então muitas outras contribuições por conta da cooperação: potencialização de resultados, criação de um ambiente mais descontraído, desenvolvimento de bons relacionamentos e de confiança, sentimento de “ganha-ganha”, reciprocidade, maior empatia entre as pessoas, maior interação, maior conexão, maior facilidade na resolução de problemas e maiores possibilidades de negócios futuros.
Outro tema importante relacionado à tomada de decisões e cenários é a postura que as pessoas têm frente às situações, que podem ser de inércia ou de iniciativa. Muitos se acostumam com a inércia, em fazer apenas o básico, o essencial e o que é realmente necessário e urgente. Outros já visualizam as oportunidades, tomam iniciativa, saem à frente e conseguem conquistar muito mais coisas. Dessa forma, observa-se claramente a diferença de sucesso entre esses dois tipos de perfis.
Para contribuir também com essa postura positiva é essencial estudar, pesquisar, se atualizar, buscar boas informações, ter inteligência emocional (saber lidar com as dificuldades e frustrações), manter bons relacionamentos, passar confiança e ter segurança. Dessa forma, podemos concluir que é muito importante não tomar decisões precipitadas, mas sim embasadas em conhecimentos, fundamentos, análises e planejamentos.
Jessica Takano. Administradora e docente de Administração com experiência no ensino presencial e à distância. Principais áreas de atuação: Fundamentos e Teorias da Administração, Gestão de Pessoas, Marketing, Gestão Ambiental, Empreendedorismo e Planejamento Estratégico.